quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Autismo X Novela

Falar sobre o Autismo e a trama da novela seria colocar lenha na fogueira. A minha visão diante dessa ficção segue o caminho do amor, o cuidado, o acolhimento, o olhar, o reforço positivo, o estímulo, o POSSÍVEL.
Na página da ABP um post mostrando o rosto da Linda, personagem autista da novela, relata que, pela Psiquiatria e comunidade cientifica, autistas na idade que ela se encontra não conseguem desenvolver rapidamente e com consubstancia avanços cognitivos e comportamentais. Concordo, em partes. Não consigo ter este olhar limitado da Psiquiatria, pois se assim pensasse largaria minha profissão. Acho válida toda e qualquer forma de estimular as potencialidades. Sabemos pelos pressupostos científicos que reforçadores positivos desenvolvem possíveis potenciais gerando bem estar e qualidade de vida aos pacientes. A medicina tem dificuldades com o diagnóstico autista e todo caso em particular deve ser estudado como alternativa no sucesso terapêutico. Gosto de ver o progresso, independente da forma que fora usada para chegar lá, não consigo ter uma visão unilateral baseada em padronizações, seguindo manuais de doenças mentais. O ser humano precisa de entendimento, para isso, a escuta e o acolhimento são essenciais. O seu limite não deve ser testado, deve ser alcançado, a cada dia. 
Afinal...

O que é  SER NORMAL?

Autismo X Novela

Reflexivas as palavras de Rafael, personagem da novela "Amor a Vida". 
Quando fora indagado sobre a impossibilidade legal de casar com "incapaz" ele responde mais ou menos assim: "fizeram uma linha reta e estipularam esta como sendo o padrão NORMAL de comportamento, qualquer desvio já o torna incapaz..."
Isto é, será portador de algum transtorno mental e enquadrado em um Manual.

Sim! Somos um mundo de "incapazes!"

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Papai também cuida...

Segundo Mirian Goldenberg, antropóloga e autora de "Toda mulher é meio Leila Diniz" (Ed. BestBolso), a ausência da figura paterna é o maior problema para a geração atual de crianças. E essa ausência, muitas vezes, é causada pela própria mãe, ainda que ela seja casada com o pai. "Muitas mulheres vivem a maternidade como um poder que não querem compartilhar e percebem os homens como meros coadjuvantes — ou até mesmo figurantes — em um palco em que a principal estrela é a mãe", diz Mirian. "No entanto, não existe absolutamente nada na 'natureza' masculina que impeça um pai de cuidar, alimentar, acariciar, acalentar e proteger seu bebê, assim como não há uma 'natureza' feminina que dê à mãe a autoridade de se afirmar como a única capaz de cuidar do recém-nascido"