Pesquisas sugerem vínculo entre alergias e depressão
Estudos descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias
The New York Times

Reações alérgicas liberam compostos chamados citoquinas, que podem reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar
Alergias graves podem trazer sonolência, dores de cabeça, fadiga e uma sensação geral de mal-estar físico, que em conjunto podem piorar o humor. Estudos identificaram que reações alérgicas liberam no corpo compostos chamados citoquinas, que desempenham um papel na inflamação e pode reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar. E é de conhecimento comum que algumas medicações comuns para alergia, como corticosteroides, podem causar ansiedade e oscilações de humor.
Muitos estudos de grande porte descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias. Em 2008, pesquisadores da University of Maryland reportaram que essa conexão pode ajudar a explicar um amplamente observado — porém mal compreendido — aumento de suicídios durante a primavera todo ano. Analisando registros médicos, os autores viram que, em alguns pacientes, mudanças nos sintomas de alergia durante as temporadas de baixa e alta polinização se correlacionavam com mudanças em seus níveis de depressão e ansiedade.
Um estudo populacional finlandês de 2003 constatou uma relação entre alergias e depressão; contudo, mulheres tendiam muito mais a serem afetadas. Em 2000, um estudo com gêmeos, na Finlândia também, mostrou um risco comum de depressão e alergias, um resultado de influências genéticas, escreveram os autores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário