quinta-feira, 15 de março de 2012

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO GRATUITO EM FLORIANÓPOLIS

Olá pessoal! Quem estiver precisando de acompanhamento psicológico (crianças e adultos) a Faculdade Estacio de Sá de SJ abre suas portas gratuitamente, para o oferecimento de consultas. Serão feitas triagens e todos estarão cadastrados na fila de espera. Este serviço será realizado diariamente no período das 12 as 21H. O telefone de contato é 33818050. Por favor, repassem para aqueles que precisam!

DÉFICIT DE ATENÇÃO

Falta de maturidade pode ser confundida com TDAH

Crianças mais novas do que seus colegas de sala são erroneamente diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção

Falta de maturidade: comportamento de crianças mais novas do que colegas de sala pode ser confundido com TDAH Falta de maturidade: comportamento de crianças mais novas do que colegas de sala pode ser confundido com TDAH (Thinkstock Images)
Uma nova pesquisa sugere que crianças mais novas do que seus colegas de classe são mais propensas a serem diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Segundo o estudo, que foi publicado na edição do mês de março do periódico Canadian Medical Association Jorunal, muitas vezes o aluno, por ser mais imaturo do que os outros, recebe um diagnóstico errado e tratamento desnecessário para o TDAH.

CONHEÇA A PESQUISA


Título original: Influence of relative age on diagnosis and treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder in children


Onde foi divulgada: periódico Canadian Medical Association Jorunal


Quem fez: Richard L. Morrow, Jane Garland, James M. Wright, Malcolm Maclure, Suzanne Taylor e Colin R. Dormuth


Instituição: Universidade British Columbia, Canadá


Dados de amostragem: 937.943 crianças de 6 a 12 anos


Resultado: Crianças que são quase um ano mais novas do que seus colegas de sala têm mais chances de serem diagnosticadas com TDAH e receberam tratamento
Para chegarem a essa conclusão, pesquisadores da Universidade British Columbia, no Canadá, acompanharam durante um ano mais de 900.000 crianças de 6 a 12 anos. Eles compararam jovens da mesma sala de aula que haviam nascido em janeiro com os que haviam nascido em dezembro, ou seja, que eram aproximadamente um ano mais novos do que os seus colegas de classe.
Resultados — Os meninos mais novos tiveram 30% mais chances de serem diagnosticados com TDAH e foram 41% mais prováveis de receberem o tratamento para o problema do que aqueles que eram quase um ano mais velhos. Entre as meninas, essas probabilidades foram, respectivamente, 70% e 77% maiores. De acordo com os pesquisadores, trata-se de um resultado curioso, já que os garotos têm três vezes mais riscos de sofrerem de TDAH do que as meninas.
“A falta de maturidade está sendo interpretada, muitas vezes, como um caso de TDAH”, afirma Richar Morrow, coordenador do estudo. Para os pesquisadores, tanto pais quanto professores e médicos devem ser cautelosos e estar cientes de que a imaturidade pode imitar alguns dos sintomas do TDAH. Além disso, para que a criança não seja prejudicada por diagnósticos errados, é preciso que o comportamento delas seja observado também fora do ambiente escolar.
Segundo estudo, as crianças mais jovens do que seus colegas de sala lutam mais contra a falta de atenção e o controle dos impulsos. Por isso, o diagnóstico do TDAH deve se basear em comparação com jovens da mesma idade e sexo. A pesquisa conclui que esses resultados reforçam a preocupação que deve existir em torno do excesso de diagnóstico e das consequências que ele pode provocar.


(Com reportagem de Aretha Yarak) *O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/criancas-mais-novas-do-que-seus-colegas-de-sala-sao-mais-diagnosticadas-com-transtorno-de-deficit-de-atencao

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Psicóloga cristã é perseguida por expressar sua fé nas redes sociais




A psicóloga cristã Marisa Lobo foi intimada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) a tirar, dentro de 15 dias, de suas redes sociais todas as informações sobre sua fé. Isso porque diversos ativistas do movimento gay e também ateus fizeram denúncias contra a profissional, que agora corre o risco de perder seu registro.
No início de fevereiro, Marisa Lobo foi chamada ao Conselho Regional de Psicologia de Curitiba onde foi informada sobre as diversas denúncias que fizeram contra ela. Os denunciantes são ativistas gays, usuários de maconha e ateus que se sentiram incomodados com as declarações da psicóloga nas redes sociais.
As fiscais do CRP leram para Marisa o código de ética dizendo que ao expressar suas crenças religiosas ela estaria violando os termos do conselho, principalmente quando induz posições contrárias ao homossexualismo. Ao sair da reunião a psicóloga relatou o que aconteceu e iniciou uma campanha em seu Twitter contra a perseguição religiosa.
No documento que Marisa precisou assinar está escrito que ela tem 15 dias corridos para adequar o material no seu blog e twitter. E 30 dias corridos para adequar o seu site conforme as orientações do CRP. “Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé”, escreveu Marisa relatando como foi a reunião no conselho.
A profissional deixou claro que não usa a religião para tratar seus pacientes e que tem o direito de se expressar sobre suas convicções. “Quando questionei que estavam me pedindo para negar Deus se quisesse continuar exercendo minha profissão, elas se olhavam, e diziam: ‘Não é isso, você pode ter sua fé mas não pode externar, guarde pra você, pois está induzindo pessoas a acreditarem em você pela sua influência’”.

Fonte: Verdade Gospel

QUAL SUA OPINIÃO SOBRE ESTE CASO?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Roy Baumeister: “O autocontrole é mais importante que a autoestima”

Psicólogo americano defende que nossa avaliação sobre nós mesmos depende de sermos bem-sucedidos em controlar nossos impulsos
O psicólogo americano Roy Baumeister lançou recentemente o livro Willpower, sobre a importância do autocontrole
Por muito tempo, ouvimos que a autoestima era a coisa mais importante para a vida do indivíduo. Mas, nos últimos anos, alguns psicólogos decidiram desafiar essa noção baseados nos resultados de vários estudos. As pesquisas mostram que ter uma boa autoestima não garante bons resultados no trabalho ou na escola. O sucesso parecia depender mais da capacidade dos voluntários de controlar seus impulsos, de adiar o prazer imediato em nome de um objetivo maior no longo prazo. Se estiverem corretos, esses especialistas podem transformar a forma como educamos a nova geração.
Um dos principais representantes dessa nova corrente de pensamento é o psicólogo Roy Baumeister, da Florida State University, que lançou recentemente um livro para defender a importância do autocontrole na nossa vida. Willpower (Força de vontade) deve ser lançado no início do ano que vem pela editora Lafonte no Brasil. Saiba mais lendo a entrevista com o autor:
ÉPOCA – Seus primeiros estudos tinham a ver com autoestima. Por que o senhor mudou o foco para o autocontrole?
Roy Baumeister – Esperávamos que a autoestima tivesse uma relação com uma série de resultados na vida das pessoas, mas foi um fracasso. A autoestima mostrou-se mais uma consequência do que uma causa. O autocontrole é muito mais significativo para ajudar as pessoas a serem bem-sucedidas em suas vidas, a atingir seus objetivos.
ÉPOCA – Por que a ideia de autocontrole ficou de lado por tanto tempo?
Baumeister – Os vitorianos promoveram muito o autocontrole. Mas no início do século XX, com as guerras e o nazismo, ganhou força a ideia de que havia autocontrole demais. As pessoas queriam relaxar e aproveitar mais a vida.
ÉPOCA – O que é, exatamente, autocontrole?
Baumeister – O autocontrole é um processo, um tipo de ação e um traço de personalidade. E força de vontade é um dos ingredientes que nos ajudam a ter autocontrole. É a energia que usamos para mudar a nós mesmos, o nosso comportamento, e tomar decisões.
ÉPOCA – O que determina o nosso nível de autocontrole?
Baumeister – Ainda não temos detalhes sobre o papel da genética, mas assumimos que os genes influenciam tudo, pelo menos em partes. Isto posto, com autocontrole e força de vontade, fica claro também que é possível aprender. Nossa pesquisa mostra que é possível melhorar a força de vontade, mesmo em adultos. Dizemos que a inteligência e o autocontrole são os dois traços mais importantes para predizer uma vida bem-sucedida. Embora não seja possível aumentar a inteligência, é possível aumentar o autocontrole. Isso é uma oportunidade importante para a psicologia ajudar as pessoas a melhorar a própria vida.
A inteligência e o autocontrole são os dois traços mais importantes para predizer uma vida bem-sucedida"Roy Baumeister
ÉPOCA – O autocontrole é importante para a nossa sobrevivência e para as relações sociais. Por que, apesar de ser tão importante, ter autocontrole pode ser tão difícil?
Baumeister – O autocontrole é mais necessário para os humanos do que para outras espécies porque dependemos de sistemas sociais e culturais para sermos bem-sucedidos. Muitos animais podem sobreviver e se reproduzir sem muito autocontrole. A simples motivação diz ao animal que ele deve fazer o que tem que fazer para sobreviver e reproduzir: comer e fazer sexo. O autocontrole é mais complicado, porque permite à pessoa conter seus impulsos e fazer outra coisa. A estrutura mais simples diz para o indivíduo comer e se reproduzir. Mas foi preciso criar uma nova estrutura que permitisse controlar a anterior e dissesse: “Você quer fazer isso, mas não faça agora.” É um processo psicológico mais complicado e difícil do ponto de vista evolutivo. É por isso que a maioria dos animais não o tem, mas os humanos, sim. Precisamos de mais do que comida e sexo. Precisamos de dinheiro, de relações. Por isso necessitamos de um sistema que subordine os nossos impulsos. Temos mais autocontrole do que as outras espécies. Só não temos tanto quanto gostaríamos de ter.
ÉPOCA – Temos que ter mais autocontrole hoje do que no passado?
Baumeister – É difícil comparar as épocas. Hoje não estamos tão expostos ao risco de morte como costumávamos estar, mas a vida tem muito mais regras, e é mais complicada. Temos que trabalhar muito mais do que nossos ancestrais – como caçadores e coletores, eles costumavam trabalhar só 3 horas por dia. Depois disso, vieram os agricultores. É preciso mais controle para exercer essa atividade, mas não há tantas demandas complicadas e regras. Mas muitas das ocupações que temos na sociedade atual têm requisitos muito complicados, o que traz perigos e tentações. É preciso entender de muito mais coisa, se preocupar com muito mais coisa, inclusive com como o outro enxerga você. É difícil de comprovar isso, mas acho que a modernidade requer mais autocontrole do que o passado. Os agricultores, por exemplo, poderiam estar levemente intoxicados com álcool, seja vinho ou cerveja, enquanto trabalhavam. Mas isso não é possível para cumprir as funções em um escritório.
ÉPOCA – Que tipos de atividade exigem autocontrole e que tipos de tarefa prescindem dele?
Baumeister – O autocontrole é conter suas respostas para mudar como você age. Tarefas que pedem mais esforço nesse sentido vão afetar mais o seu “estoque” de força de vontade. Tarefas que exigem tomada de decisão também requerem muita força de vontade. É o que chamamos de “fadiga de decisão”.
ÉPOCA – Evitar tomar decisões é uma boa saída para preservar a força de vontade?
Baumeister – Não. Porque se ajustar a decisões tomadas por outros também requer autocontrole. É preciso ter força de vontade para tomar decisões, mas também para aceitar a situação quando não podemos mudá-la.
ÉPOCA – O autocontrole tem a ver com adiar a recompensa. É mais difícil fazer isso na sociedade imediatista em que vivemos?
Baumeister – De um lado há muito mais tentações. É possível gastar, online, em dez minutos, mais do que você deveria gastar em um ano. Por outro lado, há um aspecto positivo da tecnologia que nos ajuda com o autocontrole. É possível manter um registro de seus gastos, de seu peso, de sua rotina de exercício. A tecnologia pode funcionar a nosso favor.
ÉPOCA – Também podemos recorrer a outras pessoas para nos controlar. Isso é positivo?
Baumeister – Como seres humanos, tudo o que fazemos depende de outras pessoas, de interações sociais, comunicação e cultura. Enfrentamos problemas juntos e apoiamos uns aos outros a sair do problema. Podemos pedir a ajuda das pessoas para melhorar o nosso controle, para atingir nossos objetivos, para nos divertirmos. Envolver outras pessoas é uma parte central do que os humanos fazem.
ÉPOCA – O senhor afirma que o autocontrole é limitado e vai diminuindo conforme fazemos as tarefas. Como perceber quando o esse “estoque” já acabou?
Baumeister – É correto dizer que não há nenhum sintoma ou sentimento para nos avisar disso. Não sabemos o que está acontecendo e é por isso que é importante entender esses processos para antecipar os problemas. Hoje sabemos que, depois de tomar muitas decisões, ou de fazer algo difícil, a nossa força de vontade vai estar esgotada e é melhor não se expor a nenhuma tentação e evitar tomar decisões logo depois. Temos uma quantidade razoável de força de vontade, mas se não a usarmos corretamente e de maneira efetiva, podemos nos tornar mais vulneráveis aos perigos.
ÉPOCA – É por isso que o senhor sugere que as pessoas lidem com um problema de cada vez?
Baumeister – A vida corre e, a todo momento, precisamos usar nossa força de vontade para mudá-la. Recomendo concentrar em fazer uma mudança de cada vez, e não tentar mudar tudo de uma vez.
ÉPOCA – Um estudo mostrou que as pessoas pareciam ter mais força de vontade apenas por sentar-se eretas na cadeira. Como o senhor explica isso?
Baumeister – Isso tem a ver com tentar aumentar o autocontrole. É como se a força de vontade fosse um músculo que, exercitado com frequência, pode se tornar mais forte. A ideia de sentar-se com a coluna ereta é um tipo de exercício que as pessoas podem fazer por conta própria para aumentar sua força de vontade. É como uma prática para autocontrole. Poderia ser também fazer coisas com a mão esquerda, qualquer coisa que envolva alterar o comportamento de maneira sistemática. São exercícios que podem ser feitos quando outras áreas da vida não drenam nosso autocontrole. Fazer essas tarefas simples parece melhorar a capacidade de mudar nossos comportamentos de outras formas. Isso reforça a ideia de que todos os exercícios de força de vontade dependem de uma mesma fonte.
ÉPOCA – A questão da obesidade, um dos principais problemas atuais, é apenas uma questão de autocontrole?
Baumeister – Há muitas razões pelas quais as pessoas estão acima do peso. Em casos há uma falta de autocontrole, em outros há uma tendência genética. Não é justo dizer que as pessoas acima do peso têm pouco autocontrole.
ÉPOCA – Qual a melhor forma de não cair na tentação?
Baumeister – A melhor maneira de ter autocontrole é criar bons hábitos, fazer da mudança algo permanente, e não um episódio isolado. A chave está em encontrar uma maneira de se alimentar com a qual você possa viver com saúde sem ganhar peso. Quando fazemos algo com regularidade, precisamos de menos força de vontade para continuar fazendo. É preciso mais força de vontade para mudar do que para manter a mudança. Uma vez que você conseguiu estabelecer o novo hábito, pode tentar melhorar outra área de sua vida. A melhor forma para mudar um hábito é a repetição.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pesquisas sugerem vínculo entre alergias e depressão

Estudos descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias

The New York Times
As alergias desencadeam reações no organismo que podem causar depressão As alergias desencadeam reações no organismo que podem causar depressão (Thinkstock)
Reações alérgicas liberam compostos chamados citoquinas, que podem reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar
Agora é outono no Brasil, mas no Hemisfério Norte já é primavera. Este período do ano sempre traz um surto de espirros, fungadas e narizes entupidos. Mas alergias sazonais podem ser psicologicamente prejudiciais? Uma onda de pesquisas sugere que pode ser o caso. Ainda que não existam evidências firmes de que alergias causem depressão, vastos estudos mostram que pessoas que sofrem de alergia realmente apresentam maior risco de depressão.
Alergias graves podem trazer sonolência, dores de cabeça, fadiga e uma sensação geral de mal-estar físico, que em conjunto podem piorar o humor. Estudos identificaram que reações alérgicas liberam no corpo compostos chamados citoquinas, que desempenham um papel na inflamação e pode reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar. E é de conhecimento comum que algumas medicações comuns para alergia, como corticosteroides, podem causar ansiedade e oscilações de humor.
Muitos estudos de grande porte descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias. Em 2008, pesquisadores da University of Maryland reportaram que essa conexão pode ajudar a explicar um amplamente observado — porém mal compreendido — aumento de suicídios durante a primavera todo ano. Analisando registros médicos, os autores viram que, em alguns pacientes, mudanças nos sintomas de alergia durante as temporadas de baixa e alta polinização se correlacionavam com mudanças em seus níveis de depressão e ansiedade.
Um estudo populacional finlandês de 2003 constatou uma relação entre alergias e depressão; contudo, mulheres tendiam muito mais a serem afetadas. Em 2000, um estudo com gêmeos, na Finlândia também, mostrou um risco comum de depressão e alergias, um resultado de influências genéticas, escreveram os autores.

domingo, 21 de agosto de 2011

Transtorno de deficit de atenção tem ligação com outros males

Estudos sobre TDAH PDFImprimirE-mail
Escrito por Assis
Sex, 12 de Agosto de 2011 11:51
Transtorno de deficit de atenção tem ligação com outros males

Carolina Vicentin (Correioweb)
Publicação: 12/08/2011

Um dos distúrbios mais estudados dos últimos tempos, o transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ocorre devido a variações genéticas que também podem provocar o autismo. Em um artigo publicado ontem na revista Science Translational Medicine, pesquisadores comprovaram, pela primeira vez, algo que os médicos já percebiam nos consultórios: a ligação entre o TDAH e patologias psíquicas mais graves, entre elas, as do espectro autista. A equipe de cientistas canadenses encontrou exatamente a mesma alteração em pedaços do DNA de nove pacientes autistas e de cinco com o problema da falta de concentração. Embora a amostra ainda seja pequena, ela representa o primeiro passo para entender com mais clareza a incidência de doenças mentais e neurológicas.

O TDAH atinge de 3% a 5% das crianças, com maior prevalência entre os meninos. “São pequenos muito inquietos, agitados, que não conseguem se concentrar e, consequentemente, têm dificuldades para aprender”, explica a psiquiatra Ana Hounie, pesquisadora da Universidade de São Paulo. A doença tem alta taxa de comorbidades, ou seja, frequentemente, vem associada a outros males, como a ansiedade, os transtornos de comportamento e, até mesmo, a dependência química. O autismo é outra dessas patologias. Seus sintomas incluem a fixação por determinado assunto e a resistência a se envolver com novas atividades.

Essas doenças são provocadas por fatores genéticos, associados a causas ambientais. “O pai ou mãe de uma criança com deficit de atenção, provavelmente, tiveram o mesmo problema na infância, assim como gêmeos idênticos têm mais probabilidade de desenvolver o TDAH que os não idênticos”, detalha Russell Schachar, do Hospital para Crianças Doentes de Toronto, no Canadá, um dos autores do estudo divulgado ontem. Mesmo com essas pistas, contudo, a ciência ainda não conhece todos os genes responsáveis pelos distúrbios. O pesquisador e outros colegas canadenses partiram, então, para uma busca mais detalhada das partes do código genético que causam a falta de concentração.

Para isso, eles adotaram técnicas sofisticadas de mapeamento do genoma, com máquinas capazes de oferecer uma resolução melhor de pedaços menores das amostras. “Nós estávamos interessados em encontrar cópias raras de genes que nunca foram vistas na população em geral e que existem apenas no DNA das pessoas com deficit de atenção”, explicou Schachar ao Correio. Das 248 amostras, 89% delas tinham variações nos seguintes genes: ASTN2, ASTN2-introni, TRIM32, CHCHD3 e MACROD2, além da região 16p11.2 da cadeia. “Em quase 90% dos genomas estudados, havia essa variação de número de cópias raras e poucas apresentavam mutações propriamente ditas, que são comuns em outras desordens”, comenta o especialista.

A alteração do número de cópias, contudo, existe em doenças psíquicas complexas, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar — fato que intrigou a equipe canadense. Para tirar a prova dos nove, os pesquisadores coletaram amostras de genoma de 348 pessoas com autismo e realizaram a mesma análise minuciosa do material. Surpreendentemente, o código genético de nove dos participantes tinha exatamente a mesma característica que o coletado em cinco voluntários com o transtorno de deficit de atenção.

Segundo os especialistas, o material identificado no grupo com TDAH aumenta o risco de incidência de doenças psiquiátricas do mesmo porte do autismo. Isso ajudaria a explicar por que é comum ver uma criança com autismo e TDAH ao mesmo tempo e, não raro, um menino ou menina com deficit de atenção associado a outros sintomas do espectro autista. “Nós encontramos um marcador genético das duas doenças, mas não para a vasta maioria dos pacientes. Agora, precisamos olhar mais profundamente para novas amostras e procurar esse sinal em níveis ainda mais profundos do genoma”, afirma o pesquisador.

Aplicações
A descoberta canadense ainda não tem grandes implicações clínicas. Embora a análise do DNA possa determinar o diagnóstico do deficit de atenção, por exemplo, lançar mão desse recurso seria desnecessário. “Há uma série de testes psíquicos e psicológicos que definem o TDAH e esse sistema funciona bem”, esclarece Russell Schachar. O especialista acredita, entretanto, que as revelações do estudo podem contribuir para o tratamento do distúrbio já em curto prazo. “Se você confirmar que o paciente tem sinais genéticos comuns ao TDAH e ao autismo, é possível receitar um medicamento mais eficiente”, sugere.

César Moraes, coordenador do Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), acredita que a pesquisa publicada ontem dá um passo fundamental na busca por marcadores genéticos que caracterizem definitivamente as duas doenças. “Esse artigo é muito importante, pois consegue demonstrar que há fatores genéticos comuns ao diagnóstico de TDAH e aos transtornos do espectro autista”, comenta. Schachar vai ainda mais longe: com esse achado, aumentaram os desafios para a medicina, que agora precisa encontrar fatores de risco presentes em mais de uma doença psíquica.

E os trabalhos já começaram. O especialista canadense e seus colegas estão coletando amostras do genoma de 5 mil pessoas com qualquer indício de desordem mental. A ideia é avaliar o material com grande acuidade para identificar qualquer traço compartilhado entre as patologias. Segundo Schachar, esse levantamento muda, inclusive, a forma de se fazer ciência. “No passado, as pessoas excluíam amostras de pacientes que tinham sintomas tímidos das doenças, mas nós vamos recrutar casos com qualquer sinal de problemas neuropsiquiátricos e procurar por suas variações de cópias raras. Se acharmos, vamos investigar isso em suas famílias também”, adianta.

Responsabilidade compartilhada
A pesquisa conduzida no Hospital da Criança Doente de Toronto, em parceira com universidades do Canadá, se baseia no conceito de pleiotropismo. Isso acontece quando uma parte específica de um gene pode estar associada tanto à presença de sintomas de uma doença quanto à de outra patologia. No caso desse estudo, os genes compartilham a “responsabilidade” pelo TDAH e pelo autismo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SÍNDROME DO “MOZINHO”

Revirando meus arquivos achei um artigo que comecei a algum tempo atrás e que deixei de lado por causa da correria e falta de tempo. Li de novo e teria que arrumar muita coisa ainda, mas vale compartilhar. Tem uma certa dose de "humorzinho"...

SÍNDROME DO “MOZINHO


“O tema é um ponto de partida para um poema e não um ponto de chegada, da mesma forma que a bem-amada é um pretexto para o amor”. Mário Quintana


Diante de fatos que me aparentaram ser tão expressivos, me vi intrigada com o comportamento dos seres humanos em relação ao que se diz respeito ao amor. Tão comum ou presente em nossas vidas o amor surge e se instala no individuo. Quando expressado reflete um tipo de comportamento no mínimo esquisito/curioso (sem deixar de ser singular), ou qualquer outra definição que ainda não tenho a capacidade de transformar em palavras, permanece para mim, ainda, muito enigmático. Este comportamento refletido é expresso de diferentes maneiras, com expressões tão diversas quanto os mistérios que existem entre o céu e a terra. Exagero? Você já reparou? Já parou para observar tal tipo de comportamento? Pois é... para mim é evidente o transparecer de um certo “sei lá o que” um tanto incompreensível. É claro que ainda é muito cedo para poder afirmar qualquer tipo de coisa a respeito da síndrome do “mozinho” (nome ainda em construção), mas é de grande atração as primeiras constatações observáveis que podem ser feitas sem maiores esforços.
Tudo parece iniciar-se aparentemente normal/de forma natural. O casal se conhece e se trata pelo nome, o tempo vai passando, a intimidade vai se construindo e ficando cada vez maior. Os apelidos vão começando a surgir, até ai tudo bem. Depois de certo tempo os apelidos vão se transformado em “apelidinhos”... O comportamento vai se mostrando cada vez mais intrigante. Primeiramente os apelidos se voltam para os diminutivos, mas não contentes com os inhos e inhas o casal começa a generalizar e a usar derivativos, sinônimos, adjetivos, animais e o que mais a criatividade deles puderem lhes proporcionar e forem capazes de inventar. Conforme a história de cada um vai acontecendo, todas as suas vivências e besteiras cotidianas vão tornando a coisa cada vez mais preocupante. Digo preocupante, pois enxergamos neste momento o nível de intimidade de um casal quando o “apelidinho” pelo qual eles se chamam começa a ficar indecifrável. Geralmente são “apelidinhos” que não fazem alusão a coisa nenhuma (e nós nunca saberemos de onde estes tão criativos apelidos surgiram).
O tempo continua a passar e os tais “apelidinhos” vão se tornando o menor dos problemas. Somados aos tão carinhosos “apelidinhos” estão os comportamentos, a linguagem usada, os cuidados exagerados, as diferentes maneiras de tratamento e expressão de sentimentos, que chegam a ser sufocantes... é uma emoção de ampliação quase patológica. Os acometidos por este sentimento parecem perder a sua individualidade, a sua identidade e poder de raciocínio. Sentem-se, agora, resgatando a sua identidade apenas quando na presença desse outro (permanecem sob seu poder). Mas é claro que não podemos generalizar, ou falar que isso seja ruim. O que quero refletir aqui é a mudança que acontece no comportamento de cada pessoa quando esta está apaixonada. Dentro desta linha de raciocínio o amor pode ser compreendido como um “vício”, uma espécie de droga que debilita a mente do individuo e o faz entrar num processo de intensa regressão...


Ana Carolina dos Santos Rateke
Email: carolinarateke@hotmail.com

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Medicina reconhece obsessão espiritual


Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:

Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:

Mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
Biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda
Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz:
http://ceecal.com/

quinta-feira, 23 de junho de 2011

III Jornada de Psicologia do Hospital Universitario /UFSC

Intervenção psicológica no contexto da urgência, alta complexidade e morte no hospital
15 e 16/09/2011


Auditório do Hospital Universitário

Normas para inscrição dos trabalhos

1. Serão aceitos trabalhos originais (não publicados), que

tratem de qualquer aspecto da psicologia hospitalar.

2. Somente serão aceitos trabalhos na forma de Pôster.

3. Os trabalhos deverão ser encaminhados na forma de

resumo simples, devendo observar as seguintes

especificações: formato Word superior, fonte Times New

Roman, tamanho 12, alinhamento justificado e espaço

simples e margens com 3 cm.

No 1° parágrafo deverá constar o título do trabalho em

letras maiúsculas; no 2° parágrafo o(s), nome(s) do(s)

autor(es) e no 3° parágrafo, a instituição onde o trabalho foi

desenvolvido.

Os resumos deverão conter justificativa, objetivos,

métodos, resultados e conclusões, em parágrafo único, com

no máximo 300 palavras. No rodapé, acrescentar endereço

completo e eletrônico do autor principal.

4. Os trabalhos devem ser enviados sob a forma de resumo

para: jornadapsico@hu.ufsc.br

5. Data limite para envio dos trabalhos dia 05/08/2011

Resposta quanto à aceitação dos trabalhos até 31/08/2011.

6.... A inscrição do trabalho se concretiza com e-mail de

aceite da Comissão Científica.

7. Os pôsteres, com dimensões de 90 cm de largura por 110

cm de altura, deverão ser fixados no hall do Auditório do

HU, das 13 às 17 horas do dia 15/09/2011, ficando expostos

até o final do evento. Cada inscrito poderá apresentar até 2

trabalhos.

8. O autor principal deverá estar inscrito no evento e será

fornecido apenas um certificado, constando os nomes do

autor principal e co-autores.

9. Havendo aceite, os trabalhos ficarão exposto durante o

evento, com disponibilidade do autor principal para

interlocução durante horário destinado a esse fim.

Inscrições

Faça o download da ficha de inscrição em

http://www.hu.ufsc.br Preencha e envie a mesma para o

email jornadapsico@hu.ufsc.br, juntamente com o

comprovante de deposito efetuado na conta abaixo citada.

*A inscrição somente se efetiva após recebimento da ficha

de inscrição e comprovante de depósito, através de e-mail

da Comissão Organizadora.

Ressaltamos que em caso de desistência não será realizado

o ressarcimento do valor da inscrição.

Valores:

Minicursos Jornada

Estudantes R$ 15,00 R$ 25,00

Profissionais R$ 30,00 R$ 50,00

Dados Bancários para Depósito:

Banco: Banco do Brasil

Agência: 1453-2

Conta Corrente: 42750-0

AAHU - Associação Amigos do HU

Maiores Informações:

jornadapsico@hu.ufsc.br

VAGAS LIMITADAS

Realização:

SERVIÇO DE PSICOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/UFSC