terça-feira, 29 de abril de 2008

reflexão

"Temos observado um comportamento que advém da falta de compreensão, da falta de entendimento, ou do entendimento parcial do que nós temos apregoado aqui. As dúvidas, ou o conhecimento parcial, advém do fato de cada um fixar somente aquilo que lhe interessa.

Vamos imaginar que a televisão esteja ligada e que estejam assistindo a um programa um engenheiro, um médico, uma dona de casa e um filósofo, alguém que goste de filosofia. Vamos ver, então, o comportamento dessas pessoas.

É uma palestra. Na hora em que o palestrista estiver falando sobre a parte médica, o médico vai abrir os ouvidos para aquilo. Na hora que estiver falando sobre culinária, o médico não vai reter aquele conhecimento, porque ele não sente necessidade, uma vez que aquilo está fora do limite da sua ação. Mas a dona-de-casa vai prestar atenção! E o engenheiro na sua parte. E o filósofo, ou aquele que gosta do assunto, vai se deter na parte da mente, e assim por diante. Cada um vai se deter, vai parar no seu ponto de interesse, na sua necessidade.

No entanto, um conjunto foi transmitido.

Se todos agissem de acordo com as necessidades não só dele, mas de acordo com as necessidades também dos outros, se agissem com a compreensão que de cada ato seu vai derivar harmonia ou desarmonia para os outros, então a palestra seria ouvida no todo e o comportamento seria de acordo: haveria harmonia.

Porém, quando se ouve, o conhecimento é sempre parcial, parcial segundo as necessidades das pessoas.

(...) Ninguém pode ser harmônico, se não analisou os conhecimentos e, especialmente, o conhecimento dentro dele. Portanto, sem uma análise interna, ninguém pode construir nada melhor.

É necessário condição, e a condição adquire-se por análise. Senão, vai continuar igual - daí o conhecimento parcial.

Portanto, ao se deter num conhecimento, atente-se segundo a necessidade de todos, porque isso é integração. E aí nasce o Respeito."

Dr. Celso Charuri
26 de fevereiro de 1981

3 comentários:

Allison Ambrosio disse...

Não posso perder a oportunidade de refletir com vocês um pouco, baseado no texto que a Iara postou aqui, sobre as diferenças que há em nossa sala.

Trata-se de pessoas bastante jovens, outras nem tanto e ainda um terceiro grupo de pessoas mais maduras (eu incluído, é claro!).

Há possibilidade de uma convivência pacífica? Claro que sim! Afinal, escolhemos uma vocação que tem por obrigação compreender o máximo possível as pessoas e suas diferenças.

Como é possível? Em minha modesta opinião eu sugiro:

- Às mais jovens um pouco de compreensão e, consequentemente, um pouco mais de calma conosco, os mais maduros. Nossos ritmos são diferentes. Às vezes, o barulho em sala de aula faz com que o professor (ou as professoras)precisem interromper uma idéia que estamos querendo gravar.

Sei do entusiasmo com o novo, talvez a primeira faculdade, o alívio de vencer essa etapa aterrorizante que é o vestibular e coisas assim. Mas, dado à multiplicidade de experiências de vida que temos na sala, sugiro um pouco mais de controle dessa energia que pode nos tontear! rsrsrs

Quanto aos mais maduros, sugiro compreensão, principalmente se nos lembrarmos que agimos exatamente assim no nosso tempo de "mais"jovens. Seria injusto querer uma atitude diferente, agora, que já curtimos bastante no nosso tempo e recebemos também as broncas devidas na ocasião.

Vamos nos revigorar com a alegria e juventude dessas meninas mais jovens, o comedimento e responsabilidade das um pouco mais velhas, aliada a serenidade com que buscamos viver nesse estágio igualmente rico que vivemos hoje.

Agradeço a todas vocês pela atenção a mim dispensada em sala de aula e gostaria, de todo coração, que houvesse mesmo consideração entre nós, como sugere o texto da Iara, ao fato de termos histórias, origens, repertórios e expectativas diferentes.

TUDO PELO TODO!

Com carinho, amizade, respeito e atenção,

Allison

Psicóloga Katia Mafra - CRP 12/12030 disse...

Eu concordo plenamente com tudo que foi exposto acima...mesmo porque, quando eu achar que minhas atitudes estão incomodando um grupo, ou atrapalhando uma harmonia presente, me retiro, na mesma hora, pois tenho experiência e sinceridade para isto! Quando resolvi fazer esta faculdade, foi mais para me fazer feliz do que para me realizar profissionalmente, pois a perda de meu PAI foi quase o fim, de minha caminhada...mais no entanto, uma coisa que era para ser alegre, está me fazendo mal...pois estou sem a tolerância que minha maturidade impõe...hoje tolero o que quero...graças a DEUS, tenho o livre arbítrio de minhas escolhas...posso...e tenho este poder sobre mim...a hora que eu achar que não suporto, com certeza darei adeus...e sem ressentimentos...apenas com meu respeito aos outros...
O respeito advém daquele que me respeita...e consequentemente propago aos outros aquilo que recebi...bem ou mal...
Então, nos meus trinta e poucos anos de vida, muita coisa aprendi...e uma delas foi "respeito por si mesmo... respeito pelos outros... e responsabilidade pelos seus atos...

Katia Mafra

Allison Ambrosio disse...

Espero que você não desista! Pense pelo lado positivo:

DEPOIS DESTE SEMESTRE SÓ VÃO FALTAR OUTROS NOVE!